Austeridade? Alemanha gasta a bola e despacha Grécia

Alemães comemoram o gol do time

Se o confronto entre Alemanha e Grécia deu muito o que falar fora do campo pela situação política e econômica dos dois países na União Europeia, na Eurocopa, a situação não foi muito diferente. Os alemães golearam por 4 a 2 e deram uma lição nos gregos, que mostraram a tradicional raça, mas só seguraram o quanto puderam contando com a sorte. O primeiro tempo teve ao menos quatro ótimas chances para os tricampeões europeus, que só conseguiram marcar no final. Foi o suficiente para abrir o jogo.
A Grécia inda empatou em um contra-ataque, mas viu a Alemanha mostrar uma força de conjunto impossível para um time do seu escalão segurar. Se em 2004 a Grécia era um time sólido e quase intransponível na defesa, o de 2012 é composto por raça em doses impressionantes, mas com fragilidades perigosas como os seus erros na economia. Os alemães foram implacáveis e trataram de dar uma lição: golearam sem dó.
Além disso, os alemães mostraram que as três alterações feitas no time puderam não só dar mais opções, como ainda melhoraram o time. Tanto que Lukas Podolski talvez nem volte para o time após a atuação dos jogadores escalados contra a Grécia. Schürrle e Reus mostraram que mais do que opções, estão prontos para o 11 inicial. No próximo jogo, contra o vencedor de Inglaterra e Itália, veremos qual o diagnóstico do técnico Joachim Löw sobre quem deve começar o jogo. A certeza é que o time é forte e, talvez, o maior favorito.

Destaque do jogo

Marco Reus entrou no time e tomou conta da posição. Foi perigoso em seis chutes, marcando um dos gols alemães. Deu opção ofensiva e vertical ao time alemão, que ficou ainda mais incisivo com a sua entrada. Não sai mais do time.

Momento-chave

O segundo gol alemão, com Sami Khedira. A Alemanha não deu muito tempo para a Grécia saborear o empate e já voltou a estar em vantagem, mostrando que estava com as rédeas do jogo. A partir daí, o time grego desandou.

Os gols

39’/1T: Depois de uma boa troca de passes, Lahm recebeu pelo lado esquerdo, puxou para o meio e chutou forte. O goleiro Sifakis aceitou e a Alemanha fez 1 a 0.
10’/2T: Contra-ataque rápido da Grécia pelo lado direito, com Salpingidis descendo muito bem e cruzando para Samaras, que chegou antes de Boateng: Alemanha 1x1 Grécia.
16’/2T: Boateng chegou pela direita e cruzou para a área, onde o volante Khedira pegou de primeira para marcar um golaço e recolocar a Alemanha à frente.
23’/2T: Em cobrança de escanteio pela direita, o goleiro Sifakis saiu mal do gol e Klose mostrou a competência habitual para subir de cabeça e mandar para as redes.
29’/2T: Özil fez o passe para Klose na esquerda, o atacante recebeu e chutou, o goleiro defendeu e no rebote Marco Reus encheu o pé, sem goleiro, para marcar um golaço.
44’/2T: O juiz deu pênalti em um toque de mão de Boateng. O atacante Salpingidis cobrou com tranquilidade e categoria para diminuir o placar para 4 a 2.

Curiosidade

A superioridade econômica dos alemães é incostestável e no futebol a situação é a mesma. A Alemanha nunca perdeu para a Grécia. Em nove partidas, chegou à sua sexta vitória, além de três empates, marcando 21 gols e sofrendo nove.

Ficha técnica

Alemanha 4x2 Grécia
Local: Arena Gdansk, em Gdansk (POL)
Data: 22/jun, sexta-feira
Árbitro: Damir Skomina (ESL)
Gols: Phillip Lahm aos 39’/1T, Sami Khedira aos 16’/2T, Miroslav Klose aos 23’/2T, Marco Reus aos  29’/2T (Alemanha), Samaras aos 10’/2T e Salpingidis aos 44’/2T (Grécia)
Cartões Amarelos: Sokratis Papastatghopoulos, Giorgios Samaras (Grécia)
Alemanha
Manuel Neuer; Jérôme Boateng, Mats Hummels, Holger Badstuber e Phillip Lahm; Sami Khedira, e Bastian Schweinsteiger; Marco Reus (Mario Götze aos 34’/2T), Mesut Özil e André Schüurle (Thomas Müller aos 22’/2T); Miroslav Klose (Mario Gómez aos 34’/2T). Técnico: Joachim Löw
Grécia
Michalis Sifakis; Vassilis Torossidis, Sokratis Papastathopoulos, Kyriakos Papadopoulos e Giorgios Tzavellas (Giorgios Fotakis, no intervalo); Grigoris Makos (Nikos Liberopoulos aos 27’/2T) e Giannis Maniatis; Sotiris Ninis (Fanis Gekas, no intervalo), Kostas Katsouranis e Dimitris Salpingidis; Giorgios Samaras. Técnico: Fernando Santos