sexta-feira, 26 de abril de 2013

Torcida do Real Madrid pede: “Menos milhões, mais colhões”

Torcida do Real Madrid protestou no aeroporto. Lá, como cá, a cobrança é forteTorcida do Real Madrid protestou no aeroporto. Lá, como cá, a cobrança é forte

A arte de cornetar é conhecida no mundo todo. Todo torcedor que se preze fez e faz isso, ao menos eventualmente. É natural, faz parte do jogo. Futebol é, também, a corneta, Ela é excessiva às vezes, necessária em outras, mas sempre estará presente enquanto o futebol for futebol. E ela aparece mesmo quando o time é milionário e cheio de estrelas em campo e no banco, como é o caso do Real Madrid. No desembarque da equipe após tomar um sapeco do Borussia Dortmund por 4 a 1. E os gritos são curiosos: “Menos millones, más cojones” (“Menos milhões, mais colhões”).

sábado, 20 de abril de 2013

O possível elo entre os atentados em Boston e o Anzhi

Avatar do suspeito do atentado no twitterAvatar do suspeito do atentado no twitter


Por determinação da Uefa, o Anzhi não pode mandar seus jogos por competições continentais em seu estádio. Makhachkala é a capital do Daguestão, região considerada a mais perigosa da Europa. A república autônoma russa, assim como a vizinha Chechênia, conta com forte movimento insurgente de fundamentalistas islâmicos. Ataques a bomba, tiroteios e desaparecimentos são rotineiros por lá.
Agora, ao que tudo indica, os radicais também deixaram um rastro de sangue nos Estados Unidos. Os principais suspeitos do ataque a bomba ocorrido na Maratona de Boston, que deixou três mortos e seis feridos na segunda-feira, dia 15, são chechenos e moraram no Daguestão durante a infância. Um deles, torcedor do Anzhi.
Dzhokar Tsarnaev está foragido após troca de tiros com a polícia americana, que deixou morto seu irmão, Tamerlan Tsarnaev. Fã de esportes, Dzhokar expressa a paixão pelo Anzhi em sua provável página no twitter – confirmada por uma colega de faculdade. Embora não fale sobre futebol na página, o suspeito comenta sobre os resultados do basquete universitário americano.
Cabe ressaltar que, se confirmada a autoria do atentado, a ação não incrimina a torcida do Anzhi. Porém, de certa forma, justifica a postura da Uefa quanto aos jogos em Makhachkala. O caso é isolado, mas mais suscetível no Daguestão, base dos extremistas. Se um dos maiores eventos do atletismo foi alvo de ataque, a ida de alguma grande equipe europeia à região também poderia dar a visibilidade pretendida pelos insurgentes, infelizmente.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Torcedores do Portsmouth compram estádio do clube

Ashley Harris comemora um dos gols do Pompey contra o Crawley TownAshley Harris comemora um dos gols do Pompey contra o Crawley Town

Na contramão do desenvolvimento dos clubes por meio de alto investimento, contratações milionárias e vendas de ações, o Portsmouth dá um passo importantíssimo para retomar seu prestígio e o lugar na elite do futebol inglês. O Fundo de Torcedores (um grupo formado por pequenos investidores que lutam pelos interesses do clube) adquiriu o direito de controlar o Fratton Park, estádio que recebe os jogos do Pompey desde 1898. Foram 11 horas de negociação com o antigo dono do Portsmouth, Balram Chainrai e a proposta de €3,5 milhões foi aceita pelo cartola.
De acordo com Ashley Brown, presidente do fundo, o grupo ficará com 51% das ações do estádio, num processo de reestruturação após três anos absolutamente nebulosos da equipe, que já enfrentou dois pedidos de concordata e hoje está na terceira divisão inglesa.
No entanto, uma punição de 10 pontos imposta pela Football Association pode rebaixar o Pompey novamente. Isso não chega a preocupar Brown, que se diz otimista com o recomeço da agremiação: “Agora estamos olhamos para o futuro. Tivemos uma pausa para nos reorganizar e agora temos um time controlado pelos torcedores, pessoas que o amam incondicionalmente. Vamos ter um clube de futebol sustentável e transparente, da maneira como deve ser”, comenta.
Ao assumir a fatia majoritária do Fratton Park, o fundo também caminha para adquirir as ações do próprio Portsmouth, livrando o clube de investidores estrangeiros e aventureiros como visto no seu próprio histórico recente.
Um passo de cada vez: primeiro o estádio, depois a agremiação
A Football League, órgão que regula o futebol no Reino Unido, deixou claro que os torcedores foram os únicos a fazer alguma oferta de compra do Portsmouth. Até o fim de abril, a federação estava pronta para aceitar a negociação, mas elas estagnaram com a entrada do empresário londrino Keith Harris, ligado a Roman Abramovich. Keith realizou uma contra proposta que envolvia a soma de €7.3 milhões, auxiliado por uma espécie de consórcio. Harris também tentou comprar o próprio Fratton Park, sem o vínculo com o time, mas sem sucesso.
A estrutura formada pelos torcedores reuniu cerca de 2.000 pessoas que doaram cerca de €2 mil cada uma. Outros integrantes investiram cerca de €50 mil, representando grande parte do dinheiro necessário na aquisição das ações do estádio.
Se a iniciativa de também assumir o Portsmouth se concretizar, o empresário local Iain McInnes será o presidente. Ao ver que todo o seu trabalho e dos colegas começou a dar resultado, ele derramou algumas lágrimas no júri onde foi selada a venda do Fratton Park: “Chorei no tribunal, pois é um dia fantástico para o clube. Sempre acreditei que conseguiríamos. Tem sido meu trabalho manter todos unidos neste ideal. Tudo isso é pelos torcedores que sofreram durante estes anos e que não terão mais essa tristeza. Nos subestimaram, mas aqui estamos para provar que nossa união valeu a pena. Ganhamos a guerra, agora temos de conquistar a paz”, declara McInnes.